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‘Vice-papa’ lidera apostas para sucessão no Vaticano após morte de Francisco

  • Última modificação do post:21 de abril de 2025
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Plataformas de previsões reúnem milhões de dólares em apostas; Pietro Parolin — o vice-papa —  é favorito

Com a confirmação da morte do Papa Francisco, vítima de AVC e insuficiência cardíaca, as atenções no Vaticano e ao redor do mundo se voltam para o Conclave que definirá o próximo líder da Igreja Católica. Enquanto os cardeais se preparam para a escolha, plataformas de apostas já apontam um favorito: Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e considerado o número dois da hierarquia eclesiástica.

Segundo dados do site norte-americano Polymarket, especializado em previsões baseadas em blockchain, o volume total apostado sobre quem será o novo pontífice ultrapassou US$ 2,9 milhões — cerca de R$ 16,9 milhões. A liderança nas apostas é de Parolin, com 37% da preferência, à frente de nomes como Luis Antonio Tagle (26%) e Péter Erdö (8%).

Quem é Pietro Parolin

Com uma longa carreira no corpo diplomático da Santa Sé, Parolin, de 69 anos, atua como secretário de Estado desde 2013, desempenhando um papel comparável ao de primeiro-ministro. A função confere grande poder administrativo e influência sobre a política externa e interna da Igreja. Por isso, o cargo também é conhecido informalmente como “vice-papa”.

Parolin é descrito por analistas como um nome de consenso entre setores progressistas e conservadores do Vaticano. De fala mansa e estilo reservado, é fluente em diversos idiomas e sua atuação tem sido marcada por negociações delicadas, como a reaproximação com Vietnã e China, país com o qual o Vaticano firmou um acordo para a nomeação de bispos — alvo de críticas de alas mais conservadoras.

Anteriormente, Parolin foi embaixador na Venezuela durante o governo Hugo Chávez e atuou como vice-ministro das Relações Exteriores no pontificado de Bento XVI.

Embora não esteja alinhado com discursos polarizados, Parolin já se posicionou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, classificando a legalização como “uma derrota para a humanidade”. Ele também tem defendido a autoridade central do Vaticano frente a iniciativas locais, como o movimento na Alemanha para permitir bênçãos simbólicas a casais LGBTQIA+.

Os outros nomes na disputa

Além de Parolin, o top 10 de mais cotados nas apostas inclui cardeais influentes como Peter Turkson (7%), Robert Sarah (5%) e Matteo Zuppi (5%). A lista é composta por representantes de diferentes continentes, refletindo o caráter global da Igreja atual. Se eleito, Parolin marcaria o retorno de um papa italiano ao trono de Pedro, após três pontífices não italianos: João Paulo II (Polônia), Bento XVI (Alemanha) e Francisco (Argentina).

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