congresso marketing em loterias municipais

I Congresso de Loterias Municipais: especialistas destacam regionalização e compromisso social para marketing

  • Última modificação do post:7 de maio de 2025
  • Tempo de leitura:4 minutos de leitura

Painel discutiu estratégias para marketing em loterias municipais

O último painel do I Congresso Nacional de Loterias Municipais reuniu especialistas em marketing e publicidade para debater estratégias de comunicação voltadas às loterias locais. O destaque ficou para a importância da regionalização das ações, o fortalecimento da imagem institucional das marcas e o compromisso social com as comunidades atendidas. Participaram da discussão Fernando Paz, sócio da SOHO Sports & Brands; Natália Nogues, CEO da Control F5; e Amilton Noble, CEO da Hebara.

Segundo os especialistas, o caminho para legitimar a atuação das loterias municipais passa pelo vínculo com causas sociais e pelo apoio a figuras e instituições que fazem parte do cotidiano dos moradores.

“A responsabilidade social é fundamental para legitimar a marca e mostrar o quanto ela está determinada a ajudar a sociedade”, defendeu Natália. Para ela, além do jogo responsável e do entretenimento, é preciso garantir retribuição à comunidade. “Isso contribui diretamente para a imagem da empresa e a confiança dos apostadores“, disse.

Fernando Paz ressaltou que gerar confiança é o pilar essencial para qualquer estratégia de comunicação no setor. Ele relembrou o modelo adotado em décadas passadas, quando grandes nomes como Pelé e Faustão eram contratados para campanhas nacionais. Hoje, segundo ele, o foco deve ser regional. “Qual o evento que a sua cidade está promovendo? Que personalidade local pode ser associada à sua marca? Esse vínculo com a comunidade gera valor e imagem positiva“, destacou.

Para Fernando, campanhas ancoradas na realidade de cada município tem o poder de criar conexão genuína. “A gente não precisa esperar grandes eventos nacionais. É possível construir confiança a partir do que é relevante para aquela comunidade específica”, explicou.

Amilton Noble apontou o potencial das loterias como mecanismo de fomento ao esporte local. Natural de Bagé (RS), ele destacou a força dos pequenos clubes da cidade como ativos estratégicos para as operadoras.

“Eu sou de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul: Bagé. Lá na minha cidade tem basicamente dois times pequenos: o Guarani e o Grêmio de Bagé. Acredito que a possibilidade dos municípios explorarem loterias abriria um mercado que poderia utilizar esse potencial local que são os clubes pequenos das cidades. As operadoras utilizariam essa paixão local para associar as marcas e os clubes trariam um retorno regional para aproximar as marcas dos clientes”, afirmou.

O executivo também chamou atenção para a possibilidade de pulverizar as ações de marketing. “Não se trata apenas de patrocinar um clube. É possível apoiar eventos, figuras públicas locais e até campanhas educativas que reforcem a presença institucional da loteria na vida da população”, afirmou.

Natália complementou dizendo que o marketing regionalizado pode ser mais eficaz que ações de âmbito federal. “As pessoas se envolvem mais com quem está próximo. E as estratégias de tráfego pago e digital podem ser adaptadas facilmente para esse ambiente”, concluiu.

14 Visualizações totais - 1 Visualizações hoje