painel encerramento loterias municipais

Perspectivas para o futuro são debatidas em painel de encerramento do II Congresso Nacional de Loterias Municipais

  • Última modificação do post:11 de junho de 2025
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O encontro teve como foco a consolidação do modelo de loterias regionais

O painel de encerramento do II Congresso Nacional de Loterias Municipais do Brasil reuniu juristas e especialistas do setor para debater as principais perspectivas e tendências para o futuro das loterias no país. O encontro teve como foco a consolidação do modelo de loterias regionais à luz dos avanços regulatórios e dos desafios institucionais que marcam o setor.

O fundador da Associação Jogo Positivo, Filipe Rodrigues, abriu a discussão ressaltando o tamanho do mercado de loterias no país, mas destacou a importância da governança.

“Qual é o mercado no Brasil, falando de economia, que cresce a dois dígitos? Tenha a conta que o mercado que cresce a dois dígitos, a economia brasileira cresce quanto? A nossa economia cresce 0,3%, 0,4%, mas o mercado de loterias no Brasil, a gente está falando do modelo federal, ele cresceu mais de 23%. Isso é impressionante, ainda que subexplorado, ainda que mal aplicado, ainda que o marketing não seja o melhor, ainda que o produto comercial seja desinteressante, porque tirando a mega sena, qual é o produto que é interessante no Brasil falando de loteria federal? Não tem, não é interessante, mas esse mercado é bilionário, são 26%. Bilhões de reais por ano, com o potencial de chegar a 110 bilhões de reais. Qual é o mercado que tem isso? Então, senhores, é um mercado exitoso, mas precisa ser bem trabalhado, precisa de produtos bons. Precisa de uma governança eficiente. Sem governança, não vamos ter sucesso. Então, é preciso colaboração”, afirmou.

Filipe ainda anunciou uma iniciativa da Associação Nacional de Loterias Municipais e Estaduais (ANALOME) para preparar mão de obra qualificada.

” A ANALOME vai formar treinamentos online para funcionários públicos, profissionais relacionados à prefeitura, que não se especializarem em notícias. Então, o setor público municipal tem a oportunidade de se especializar em notícias, conhecer o mercado. Naturalmente, precisa ter essa matemática das notícias do modelo público, que basicamente precisa ser um modelo de licitação e também de todo esse conhecimento privado que vem através do mundo iGgaming, que vem através do cassino online”, falou.

O advogado Paulo Horn presidente da Comissão Especial de Direito de Jogos Lotéricos da OAB/RJ, enfatizou a possibilidade de criação de serviço de loterias pelas cidades é garantida na constituição brasileira. “A possibilidade de uma nova atividade a ser explorada pelos municípios, foi uma coisa que veio trazida pela Constituição Federal de 1988, mas que não era de conhecimento em geral, quando ela foi apontada, só surgiu após o governo federal tentar ser o titular exclusivo da atividade de exploração do serviço”, disse.

O presidente da ANALOME, Camilo Roma Brito, ressaltou o pioneirismo da atividade e a necessidade das cidades criarem seus serviços.

“A gente ainda está no início de tudo, e estamos com um pouco menos de 200 municípios, entre associados, ainda não associados, que criados nas outra via municípios, com a avalação do Brasil, que tem mais de 5.500 municípios. Ainda tem mais de 5.000 municípios para criar as suas municípios municipais. Acredito que, há um ou dois anos, todos não conseguiram criar suas municípios, talvez aqueles que não conseguiram ocupar seu espaço, o Estado e a União vão ocupar seu espaço, e talvez como disse o doutor Amilton da cidade de Bajé, sem conhecer tanto o local, sem investir no local. Então, o município é o ente federal mais adequado para explorar essa atividade, principalmente quando a gente fala aqui em loteria estatal, em VLT, em loteria de prognósticos passiva, principalmente nessa modalidade, o município é o mais adequado para explorar a atividade”, concluiu.

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