Executivo da Regula defende certificação internacional como critério obrigatório para prevenção de fraudes no setor de apostas
Durante o I Congresso Nacional de Loterias Municipais, realizado no Rio de Janeiro nos dias 5 e 6 de maio, Gilberto Sousa, Chief Operating Officer (COO) da Regula Forensics, destacou a necessidade de ajustes técnicos na legislação brasileira de apostas. O executivo, que participou do painel “Meios de Pagamento e Prevenção de Fraudes” destacou que o mercado já dispõe de tecnologias robustas que deveriam ser exigidas em lei.
“Apesar da Lei 14.790 ser extremamente bem escrita e bem definida, no nosso ponto de vista, cabem ainda algumas evoluções“, afirmou.
Gilberto citou como exemplo a certificação iBeta nível 2, um selo internacional de excelência concedido após rigorosos testes de segurança em sistemas de biometria facial, e que a Regula dispõe, emitida por uma agência norte-americana com atuação global. “Esse certificado é apenas focado na comparação facial e na prova de vida, que é um dos itens de fraude mais comuns que a gente enfrenta”, explicou.
Para ele, incluir esse tipo de exigência na legislação demonstraria um compromisso do país com a integridade do sistema. “É uma forma de demonstrar que as leis não querem só abraçar a 14.790 e parar por aí. Pode não significar uma grande mudança no modus operandi atual, mas com certeza é um ganho em qualidade a mais para a implantação das loterias municipais“, avaliou.
A Regula atua com controle de fronteiras em mais de 82 países e desenvolve tanto hardware quanto software utilizados em sistemas governamentais de verificação de identidade. Segundo Gilberto, essa expertise pode ser aplicada diretamente ao mercado regulado de iGaming no Brasil.
“Você captura o documento da pessoa, faz a prova de vida — para garantir que ela não está usando uma foto ou máscara — e faz a comparação facial com outra imagem dela”, detalhou. “A partir daí, você vai para outras verificações, como dados bancários e históricos de risco“, completou.
Gilberto também reforçou que o caminho é aprimorar a legislação com base na prática e na tecnologia já disponível.
“A ideia aqui é segurança, antifraude e confiança. Esses pilares precisam estar claros, até porque ninguém é obrigado a conhecer os detalhes técnicos“, afirmou.
O executivo destacou a importância da tecnologia para o setor.
“É um sistema extremamente robusto, que permite ao operador avaliar, com precisão, o risco associado a cada cliente. Esse é o caminho para uma operação segura e responsável no setor de iGaming”, concluiu.