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Justiça determina condução coercitiva de Adélia Soares à CPI das Bets

  • Última modificação do post:12 de maio de 2025
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Decisão foi tomada após a advogada não comparecer à oitiva marcada para o último dia 29 de abril

A Justiça Federal de São Paulo autorizou a condução coercitiva da advogada e ex-participante do Big Brother Brasil (BBB), Adélia Soares, para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets. A decisão foi tomada após Adélia não comparecer à oitiva marcada para o último dia 29 de abril.

Adélia Soares, conhecida por atuar na defesa da influenciadora Deolane Bezerra, é investigada por supostamente colaborar com organizações estrangeiras na estruturação e operação de jogos de azar ilegais no Brasil. Ela é sócia da empresa Payflow Processadora de Pagamentos LTDA, apontada como peça-chave no funcionamento do esquema.

As investigações indicam que a empresa teria sido utilizada como fachada para movimentações financeiras suspeitas, realizadas em desacordo com as normas do Banco Central, com uso de documentos falsos e mecanismos considerados fraudulentos. A operação também envolveria conexões com uma companhia registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, sugerindo uma possível tentativa de mandar o dinheiros para o exterior e ocultar a origem dos recursos.

A condução coercitiva foi solicitada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, que investiga o funcionamento de casas de apostas on-line ilegais e sua relação com práticas criminosas como lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. Segundo a relatora, Adélia foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal por falsidade ideológica e associação criminosa.

Na mesma sessão em que Adélia não compareceu, o empresário Daniel Pardim Tavares Lima foi preso em flagrante por falso testemunho. Ele declarou não conhecer Adélia, apesar de ambos serem sócios na Payflow por meio da empresa Peach Blossom River Technology.

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   Daniel Pardim Tavares Lima foi preso em flagrante por falso testemunho após declarar não conhecer Adélia Soares

 

A CPI das Bets, instaurada para apurar crimes relacionados ao setor de apostas digitais, teve seu prazo estendido por mais 45 dias e caminha para a reta final. Apesar da prorrogação, a comissão tem sido criticada por falta de resultados concretos. Parlamentares contrários afirmam que, ao mirar alvos secundários, como o empresário preso por mentir à comissão, a CPI tenta justificar sua existência sem apresentar avanços expressivos nas investigações.

Por outro lado, assessores da relatora Soraya Thronicke reforçam que o esquema investigado, no qual Adélia Soares estaria envolvida, pode ter movimentado cerca de R$ 2 bilhões em apenas dois anos — o que justificaria a intensificação das apurações.

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