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I Congresso de Loterias Municipais: Prevenção a fraudes exige tecnologia, regulação e cooperação entre empresas e governos, afirmam especialistas

  • Última modificação do post:6 de maio de 2025
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Pix é citado como modelo de sucesso mundial; painel defende integração de tecnologias de verificação e compliance rigoroso no setor

O avanço dos meios de pagamento e os desafios na prevenção de fraudes foram debatidos por especialistas durante o painel “Meios de Pagamento e Prevenção de Fraudes”, durante o segundo dia do I Congresso de Loterias Municipais do Brasil, que aconteceu no Rio de Janeiro nesta terça-feira (6). Participaram da discussão Angelo Braga (PYXPAY LATAM), Gilberto Sousa (Regula Forensics), Leandro Rodrigues (Mutual), Juliano Augusto (advogado) e Leonardo Barreto (mestre em Direito Penal Econômico).

Banco Central como referência

Angelo Braga destacou a evolução do ambiente financeiro nacional e afirmou que o Banco Central (BC) brasileiro é referência mundial em inovação, regulação e segurança. “O BC tem um protagonismo inegável. Trabalha em parceria com o mercado, ouvindo os agentes e buscando soluções viáveis. O Pix é o maior exemplo: um sistema revolucionário, que trouxe agilidade, inclusão e inspirou mais de 30 países”, disse.

Braga reforçou que, mesmo com as facilidades do Pix, há um cuidado permanente com segurança. “O ecossistema do Pix é sólido porque é pensado com base em governança, interoperabilidade e rastreabilidade — elementos essenciais para um setor como o de apostas, onde há grandes volumes e alta velocidade nas transações”, disse.

Biometria e certificações no centro do debate

Gilberto Sousa, COO da Regula Forensics, alertou para o aumento das tentativas de fraude digital e destacou a importância do uso de tecnologias robustas de autenticação, como biometria e verificação facial. “As fraudes não são apenas um problema de segurança; são um problema financeiro. O custo da fraude precisa ser incluído na conta da operação. E ele é altíssimo”, afirmou.

Segundo o executivo, a adoção de etapas como prova de vida, comparação facial e captura de documentos é uma barreira eficaz contra contas falsas ou roubadas. “Hoje é possível usar biometria passiva, sem atrito, com alto nível de precisão. E isso não impede a experiência do usuário, apenas afasta o fraudador”, explicou.

Ele defendeu a adoção de padrões reconhecidos globalmente. “ O que eu vejo é uma constante evolução desse mercado, e, por exemplo, apesar da lei 14790 ser extremamente, no nosso ponto de vista, bem escrita e bem definida, ela, no nosso ponto de vista, cabe algumas evoluções que existem. Vou citar aqui um simples exemplo. Existe um certificado hoje internacional, e a Regula possui,que chama iBeta PAD nível 2, que é apenas focado na comparação facial e na prova de vida, que é um dos itens de fraude mais comuns que a gente enfrenta. Esse órgão que emite esse certificado é um órgão de uma agência norte-americana, mas que trabalha em nível global, existem várias empresas no Brasil que têm, e por exemplo, poderia ser uma parte integrante da necessidade na lei de alguém que vai prestar esse serviço de noiva péssima, porque isso garante uma qualidade no seu de qualidade e até uma forma de demonstrar, estou citando apenas um exemplo, pode ter vários, mas uma forma de demonstrar que está saindo isso. Uma forma de demonstrar que as leis municipais não querem só abraçar a 14790 ou o infinito. Ou simplificar em algum grau, mas sim aprimorar uma obra aqui na prática. Pode não significar uma grande mudança de um novo operante atual, porém, com certeza, é uma ganhante em um selo de qualidade a mais”, ressaltou.

Compliance e jornada segura

Leandro Rodrigues, CEO da Mutual, reforçou que a tecnologia pode ajudar a prevenir fraudes sem afastar os usuários legítimos.

“Temos que equilibrar segurança com experiência. Ferramentas de monitoramento em tempo real e análise de comportamento permitem detectar movimentações suspeitas sem prejudicar o fluxo dos clientes reais”, afirmou.

Já o advogado Juliano Augusto chamou atenção para o papel da legislação e do compliance.

“A prevenção à fraude começa no desenho da jornada do usuário. Processos bem definidos e tecnologia aplicada desde o onboarding fazem toda a diferença. É melhor investir em prevenção do que remediar um dano reputacional”, disse.

Lavagem de dinheiro

Leonardo Barreto chamou a atenção para o uso de apostas como mecanismo para lavagem de dinheiro. “É comum que criminosos façam apostas de alto valor usando laranjas ou mecanismos para diluir valores, dificultando o rastreio. Um compliance robusto é essencial para detectar essas práticas e impedir que o setor seja utilizado por organizações criminosas”, alertou.

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