regis dudena bets

Para Régis Dudena, grande quantidade de bets no país reflete demanda e procura

  • Última modificação do post:6 de março de 2025
  • Tempo de leitura:5 minutos de leitura

Secretário de Prêmios e Apostas avaliou cenário do mercado regulado ao UOL e destacou tendência de consolidação

O Brasil já conta com mais de 200 bets licenciadas, e esse número pode crescer ainda mais. Para Régis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, a grande quantidade de operadoras legalizadas demonstra o potencial do mercado e a alta demanda do público brasileiro pelo setor. Em entrevista ao portal UOL Apostas, Dudena analisou o cenário atual e destacou que o foco da regulação não foi limitar o número de empresas, mas garantir a segurança dos apostadores e a integridade financeira do mercado.

Crescimento do setor

Desde a implementação do novo marco regulatório das apostas esportivas, o Brasil tem visto um grande interesse por parte de bets. Segundo Dudena, inicialmente, o governo recebeu 114 pedidos de licenciamento, mas apenas 70 empresas conseguiram autorização para seguir operando até o fim de 2023. Mesmo com esse filtro inicial, o número de operadoras continua crescendo.

“Acho que é um número bastante alto, que mostra, por um lado, que o mercado existe, a demanda existe, a procura existe. Então, o lado da oferta também se apresentou. São empresas que cumpriram as exigências, que pagaram outorga, que estão dispostas a cumprir as regras. Agora, o nosso papel é garantir que de fato elas cumpram”, avaliou Dudena.

O secretário também mencionou que, ao definir os critérios para concessão de licenças, a prioridade foi estabelecer diretrizes claras para proteger os apostadores e evitar riscos financeiros, sem se preocupar diretamente com o volume de empresas que iriam conseguir a licença.

Consolidação no mercado

Dudena acredita que, apesar do grande número de operadoras no mercado atualmente, o setor deve passar por um processo de consolidação nos próximos anos. Muitas marcas operam sob uma única licença, mas há a possibilidade de fusões e aquisições à medida que o setor amadurece.

“Pessoalmente, eu imaginava um número menor. Achava que nós tínhamos subido o sarrafo a tal ponto que afastaria mais empresas de cumprir as exigências que impusemos. Em outros países com mercados mais estabelecidos, há uma concentração maior, com menos operadoras atuando, mas com modelos de negócios diferenciados. Acredito que, com o tempo, veremos um movimento semelhante no Brasil”, afirmou.

Novos pedidos

Mesmo com o número expressivo de operadoras já ativas, o Brasil continua recebendo novos pedidos de licenciamento. Segundo Dudena, mais de 300 empresas já entraram com solicitações para operar no país, mas muitas delas ainda enfrentam dificuldades para atender às exigências regulatórias.

“A verdade é que muitos dos pedidos que vieram na segunda e na terceira leva são muito deficientes. Nossa expectativa ajustada é que a maioria dessas empresas que tentaram a licença após agosto do ano passado não consiga aprovação“, explicou.

Diante desse cenário, o governo segue monitorando o mercado e buscando formas de aprimorar o processo regulatório. O objetivo, segundo Dudena, é garantir um ambiente competitivo, mas que ofereça segurança aos apostadores e respeite as diretrizes estabelecidas.

Cassinos físicos

Outro ponto destacado pelo secretário foi a distinção entre as apostas esportivas online e os cassinos físicos, que seguem proibidos no Brasil. A legalização das bets, segundo ele, não significa que o país permitirá a abertura de cassinos presenciais, como ocorre em outros mercados internacionais.

“Aqui no Brasil, temos um cenário atípico, no qual as apostas esportivas online são regulamentadas, mas as operações físicas seguem ilegais. Em outros países, há diferentes modelos, incluindo operadores altamente especializados em determinados segmentos. No Brasil, temos um mercado grande, mas que segue um formato próprio”, disse Dudena.

9 Visualizações totais - 1 Visualizações hoje