Especialistas do mercado de pagamentos discutiram importância de práticas seguras para o funcionamento do setor de loterias
O Rio Innovation Week 2025 abriu espaço nesta sexta-feira (15) para uma conversa sobre o futuro do mercado de apostas no Brasil. No painel “Inovações e transformações no universo das Bets”, realizado no Palco 27, líderes do setor discutiram tecnologia, comportamento do apostador e os desafios de regulação.
Alex Fonseca, CEO da Superbet, destacou que o Brasil vem ensinando lições importantes para o mercado global.
“O mercado brasileiro ensina para o global o conceito de estabilidade. Enfrentamos muitos desafios de população e regulamentação. Estamos acostumados a operar em países com 50 milhões de habitantes, mas no Brasil temos quatro vezes mais. O brasileiro tem preferência por múltiplas, e é preciso pensar muito rápido para entender essa dinâmica. O Brasil tem nos ensinado a trabalhar a questão tecnológica para oferecer um produto melhor”, afirmou.
Ele também reforçou a importância do posicionamento aliado à entrega. “Eu sempre digo que não adianta sermos ‘super’ só no nome — temos que ser super em tudo. Um posicionamento de marca pode sustentar no curto prazo, mas no longo prazo é fundamental trabalhar produto e experiência. Precisamos estar no mainstream, na TV e na internet, para que, na hora da decisão, o cliente pense na Superbet — e, além disso, manter a retenção.”
Representando a BetMGM, Ana Paula Castello Branco. CMO da marca, ressaltou o equilíbrio entre a experiência internacional e a adaptação local.
“Nós temos a vantagem de ser global e local. Porque temos a experiência de como o mercado funciona no exterior e ouvimos as demandas do mercado interno. Por mais que a BetMGM atue em países como os EUA, enfrentamos muitos desafios no mercado brasileiro, que é muito complexo. É uma troca muito grande que temos com eles”, disse.
A executiva ressaltou a expertise global como diferencial para a marca.
“A primeira coisa que trazemos é a expertise em entretenimento. A segunda é toda a experiência em trabalhar em mercados regulamentados. Esse sentimento de Vegas, aquele friozinho na barriga. Usamos tecnologia para proteger nosso usuário. Ela é fundamental para entendermos o limite de cada jogador”, explicou.
Já Felipe Fraga, Chief Business Officer da EstrelaBet, reforçou a necessidade de inovação no setor. “Nós precisamos trabalhar a inovação, porque só a marca em camisa de clube não era suficiente”, destacou.
O fundador da Alfa Bet, Arthur Silva, lembrou que a operação da empresa ainda é recente no Brasil, mas destacou a necessidade de aplicar inovação na operação.
“Começamos a operação em fevereiro, então está muito recente. Qualquer oportunidade de implementar uma ferramenta e uma inovação passa por termos dados estruturados”, avaliou.