CEO da Superbet afirmou que empresas estão se especializando em nichos regionais, enquanto outras buscam posicionamento nacional
O segundo dia de EGR Power Summit Rio foi iniciado com um debate sobre os desafios para as casas de apostas lidarem com patrocínios e publicidade. Alexandre Fonseca, CEO da Superbet Brasil, destacou os desafios e oportunidades para patrocínios esportivos e parcerias com influenciadores em um mercado de apostas em plena regulamentação. Moderada por Magnho José, a entrevista principal trouxe reflexões sobre como marcas podem se adaptar a um cenário cada vez mais regulado e competitivo.
Fonseca apontou que muitas empresas ainda não concluíram etapas cruciais de integração com a Secretaria da Fazenda. Ele afirmou que é improvável que mais de dez operadores estejam plenamente regulados e operando no Brasil até o início de 2024. O CEO prevê um controle maior no decorrer do processo, mas acredita que o mercado estará mais estruturado ao final de 2025, com cerca de 100 empresas ativas.
“O cenário inicial será desafiador, com um número reduzido de operadores capazes de atender às exigências regulamentares. No entanto, a tendência é de ampliação gradual ao longo dos próximos anos”, explicou.
Outro ponto abordado foi a dificuldade em manter margens saudáveis em apostas esportivas, dada a necessidade de volumes elevados para equilibrar as operações. Fonseca destacou que eventos esportivos inesperados podem causar impactos significativos nas operações. Ele exemplificou com resultados adversos recentes, como o jogo da final da Copa Libertadores entre Botafogo e Atlético Mineiro, que trouxeram prejuízos expressivos para as casas de apostas.
“O segmento de apostas esportivas exige uma base muito ampla de jogadores para mitigar impactos. Sem essa escala, é difícil se recuperar de eventos negativos”, analisou.
Quanto às estratégias de atuação, Fonseca enfatizou a tendência de regionalização no mercado brasileiro. Segundo ele, algumas empresas estão se especializando em nichos regionais, como o caso da Aposta Ganha, com forte presença no Nordeste, enquanto outras buscam posicionamento nacional, combinando apostas esportivas e jogos online para diversificar suas operações.
“A regionalização será uma marca do mercado brasileiro, com empresas focadas em áreas específicas e outras tentando expandir para um público mais amplo. Essa abordagem permitirá maior competitividade e adaptação às características locais”, concluiu.