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Apostas não são responsáveis por endividamento das famílias, aponta estudo do IBJR

  • Última modificação do post:31 de outubro de 2024
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Levantamento foi realizado em parceria com a LCA Consultoria Econômica

O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) divulgou um estudo que revela que as apostas representam menos de 0,5% dos gastos das famílias brasileiras. O estudo, que foi realizado em parceria com a LCA Consultoria Econômica, trouxe uma análise detalhada do impacto das apostas no orçamento familiar. De acordo com a pesquisa, os gastos com apostas variam entre 0,2% e 0,5% do total do consumo familiar, o que coloca o setor em um patamar comparável a outras formas de entretenimento, como serviços de streaming ou cinema.

Segundo os autores do levantamento, “durante o período analisado, entre 2022 e 2024, não houve evidências de que a participação em jogos e apostas tenha impactado significativamente o endividamento familiar”. Os dados contrastam com uma recente pesquisa divulgada pelo Banco Central, que apontou que o valor médio de apostas entre os jovens gira em torno de R$ 100 por mês, enquanto para apostadores mais velhos, acima de 60 anos, o valor ultrapassa R$ 3.000 mensais

André Gelfi, presidente do IBJR, enfatizou a importância de dados concretos para o desenvolvimento de políticas internas e ferramentas de proteção ao jogador.

“Apenas por meio de dados concretos e reais, as casas de apostas poderão desenvolver políticas internas e ferramentas de proteção ao jogador, como a seleção de métodos de pagamento que minimizem riscos. Este estudo visa elucidar e explicar o funcionamento do nosso mercado. Esse é um dos objetivos do IBJR: proporcionar informação e clareza“, afirmou.

O estudo considerou o volume de turnover, ou seja, o total de dinheiro apostado, que é distribuído entre apostadores e operadores, com base na taxa de Return-to-Player (RTP), que indica a porcentagem do valor apostado que retorna aos jogadores como prêmio. No Brasil, as empresas do IBJR apresentam um RTP de cerca de 93%, o que significa que, para cada R$ 100 apostados, R$ 93 retornam aos apostadores.

A parte que não é devolvida aos jogadores transforma-se em Gross Gaming Revenue (GGR), que é a receita bruta das casas de apostas. Desse valor, uma parcela é destinada ao pagamento de tributos e à manutenção dos negócios. De acordo com estimativas do setor, apenas 7% de todos os recursos depositados nas plataformas permanecem com as empresas.

Eric Brasil, representante do IBJR, comparou o crescimento das apostas ao de outras inovações tecnológicas. “Essa alta aconteceu com os streamings e aplicativos de viagem. A partir do momento que a tecnologia permitiu o acesso, o mercado cresceu. Esperamos agora uma certa acomodação, com a regulação que teremos com os operadores”, explicou.

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