Atacante do Flamengo tenta anular investigação sobre cartão amarelo no Brasileirão de 2023
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) agendou para a próxima terça-feira (2) o julgamento do recurso apresentado pela defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. O objetivo é suspender a investigação que apura a suposta participação do jogador em um esquema de manipulação de resultados ligados a apostas esportivas online.
A análise será feita pela Quinta Turma do tribunal, a partir das 14h, quando os ministros vão avaliar os argumentos dos advogados do atleta contra a continuidade do processo, que tramita na Justiça do Distrito Federal.
Ministério Público
Bruno Henrique responde a uma denúncia de que teria forçado um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, em Brasília, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023. Segundo o Ministério Público, a ação teria favorecido familiares do jogador que apostavam no resultado da infração. Além do atacante, amigos e parentes também foram denunciados.
Em julho deste ano, o ministro Joel Ilan Paciornik rejeitou um pedido inicial da defesa para anular a investigação. Ele entendeu que o habeas corpus protocolado não seria o instrumento adequado para discutir a competência da Justiça do DF no caso.
“O habeas corpus não é cabível para reexame de prova ou para questões que não afetam diretamente a liberdade de locomoção, como a definição de competência sem reflexo no direito de ir e vir”, registrou o ministro na decisão.
Jogador se torna réu
No mês passado, Bruno Henrique foi formalmente transformado em réu pela Justiça do DF. A decisão partiu do juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, que aceitou parcialmente a denúncia do Ministério Público. O magistrado enquadrou o atleta no crime de fraude em competição esportiva, mas rejeitou a acusação de estelionato.
O juiz também negou o pedido da promotoria para fixar uma fiança de R$ 2 milhões contra o jogador.