Empresa apresentará tecnologia no SBC Summit Rio, que acontece entre 25 e 27 de fevereiro na capital carioca
O mercado de apostas no Brasil ganhou espaço nos últimos anos, e com isso surgem soluções inovadoras para atrair e reter clientes. O Wooeen promete movimentar o mercado oferecendo uma tecnologia única para o segmento de iGaming: o cashback. O Portal MediaBet Brasil conversou com Ricardo Peixoto (Managing Director), Ixan Russi (Founder) e Bruno Motta (General Manager) para desvendar como funciona essa mecânica e o que a torna tão eficiente. A empresa vai apresentar o formato no SBC Summit Rio, que acontece entre os dias 25 e 27 de fevereiro na capital carioca.
De acordo com Ixan, o cashback é a base da relação entre o Woeeen e o usuário. Segundo o fundador da empresa, o modelo de negócio é, na sua essência, uma devolução de dinheiro.
“De onde que sai esse dinheiro que nós damos de volta para o usuário? Esse dinheiro entra para nós através de uma negociação com o cliente. Nesse caso pode ser uma bet, como pode ser qualquer comércio, qualquer e-commerce, qualquer empresa que dentro do âmbito digital, ela contrata em mídia. Mídia é paga, né? Se eu faço Google, se eu faço qualquer coisa é pago. Só que, no nosso caso, o que nós queremos fazer? Nós queremos trazer a riqueza da internet e levar para o bolso do usuário. Então para isso fazemos o quê? Nós, como canal, como tecnologia, o usuário vem e consome. No caso do igaming, ele vai numa casa de apostas e faz um depósito. Quando ele faz o depósito e vira usuário, nós recebemos uma comissão da bet. Então, daí que vem o dinheiro. Nessa negociação com a bet, ela nos paga por cada usuário que faz um depósito. Nós pegamos e devolvemos, damos cashback para o usuário, tirando o dinheiro dessa comissão que nós ganhamos. Então, assim é como funciona a lógica do cashback”, disse.
A partir do recebimento do cashback, o usuário tem a possibilidade de consumir na marketplace do Wooeen, que disponibiliza produtos a preços mais em conta que nas e-commerces tradicionais.
“A marketplace é uma loja vinculada ao cashback. Então o dinheiro ganho em cashback pode ser utilizado para comprar coisas na marketplace, mas só o dinheiro do cashback. Você não pode usar o cartão, não pode fazer pix “, explicou Ixan.
O cashback é regulado?
Um dos pontos em destaque que envolve a estratégia de cashback é a questão regulatória. Ricardo destaca que, apesar de não estar explicitamente previsto na legislação de apostas, o cashback não contraria as regras do Governo Federal.
“É impossível operacionalizar, participar, se divertir, se entreter no mercado de apostas sem colocar dinheiro, porque a moeda de troca é o dinheiro. Então, se o Ricardo é uma pessoa que quer apostar no Cruzeiro, que é o seu time do coração, em qualquer bet que seja, é impossível que eu transacione essa aposta sem anteriormente ter feito um depósito. Se isso é uma condição básica, sine qua non, inescapável, você tem que depositar dinheiro para poder participar do mercado de bets. Quando você fala que você oferece um cashback dessa transação, você, na verdade, está coberto pela legislação, porque você não está incentivando nada, você está dizendo assim: ‘Se você fizer o óbvio, o necessário, o obrigatório para participar do entretenimento com apostas, eu vou te dar um cashback’. E aí, obviamente, cada operador decide qual o volume de cashback ele vai dar. Nós orientamos um cashback de 100% a partir do baseline, que é o mínimo que o usuário deposita. Então, respondendo de forma simples, o Wooeen segue estritamente o que prevê a regulamentação das bets”, ressaltou.
O managing diretor comparou a relação entre o cashback e a experiência do cliente com a aquisição de um automóvel.
“É como comprar um carro sem gasolina. Assim como é essencial abastecer o carro para usá-lo, no mercado de apostas, é indispensável fazer um depósito para participar. Quando oferecemos cashback, estamos simplesmente dizendo: ‘Se você fizer o básico, que é depositar, vai receber parte disso de volta’. Isso não é um incentivo adicional, mas uma devolução justa“, explicou.
Para ele, existe uma demonização do incentivo à atividade, o que, segundo Ricardo, é uma prática comum a qualquer comércio.
“O incentivo não foi proibido pelo legislador. O que foi proibido é bem específico como, por exemplo, incentivo ao depósito e o bônus de boas-vindas. O incentivo a apostar, por exemplo, com potencial de ganho, ou seja, o legislador limita especificamente quais são os incentivos que não são permitidos. E ele não fala expressamente sobre o cashback, por exemplo. As pessoas estão falando de incentivo e fica parecendo que isso é demonizado. Você tem que incentivar qualquer produto que você queira vender, não só bet. Você precisa demonstrar para o usuário alguma coisa que lhe agrade”, disse.
Essa diferença entre incentivo e vantagem é fundamental para a empresa. “Um bônus está diretamente relacionado à casa e condicionado às regras de jogo. O cashback, por outro lado, devolve dinheiro ao usuário sem qualquer amarra adicional”, completou Bruno.
Como funciona na prática?
O modelo de cashback da Wooeen é simples. O usuário realiza um depósito inicial, conhecido como FTD (“First Time Deposit”), e recebe de volta 100% desse valor até o limite definido pela casa de apostas. Segundo Ricardo, “isso garante ao cliente uma experiência livre de riscos ao conhecer a plataforma. Se ele não gostar, pode sacar o valor devolvido”.
O processo de devolução também é prático: após o depósito, a casa identifica o FTD e comissiona o valor através da plataforma Wooeen, que realiza o pagamento via PIX. “O cliente pode usar o dinheiro como quiser. Não há condições escondidas”, reforçou Bruno.
Essa simplicidade é um dos pontos que diferencia o cashback de outros incentivos tradicionais, como bônus de boas-vindas. “Com o cashback, não há necessidade de cumprir regras específicas ou prazos limitados. O dinheiro volta ao usuário sem burocracia”, destaca Ixan.
Jogo responsável e saúde
Ricardo apontou a vantagem do cashback, inclusive, na promoção do jogo responsável e até na educação dos usuários.
“A ideia é criar cursos de educação e prevenção que permitam àquelas pessoas que se identifiquem – ou que sejam identificadas pelo sistema com algum tipo de alerta – descarregar gratuitamente ou por um valor simbólico e com essa leitura com esse curso entender se ela tem um problema, fazer uma autoanálise, e encontrar os caminhos de ajuda. Também que a pessoa possa entender de educação financeira ou problema com álcool, problema com drogas, uma série de cursos que têm esse objetivo de informar as pessoas com algum tipo de problema”, destacou.
Afiliados
Outro ponto destacado pela equipe é o impacto no funil de conversão. No estágio inicial, o cashback é uma ferramenta poderosa para afiliados, ajudando a melhorar as taxas de conversão. “Afiliados também precisam operar dentro das regras regulatórias, e o cashback se apresenta como uma solução legítima e eficaz para captar novos usuários“, acrescentou Bruno.
Retenção
A estratégia de cashback vai além de atrair novos clientes; ela também promove retenção e engajamento. “Ao centralizar suas apostas em uma plataforma que oferece cashback, o cliente percebe valor adicional em sua experiência”, explicou Ixan.
Ricardo destacou que a estratégia garante benefícios tanto para a casa de apostas quanto para o apostador.
“Isso (o cashback) garante a casa de aposta e o apostador uma transparência muito clara no processo de convidar o usuário a conhecer e testar aquela casa de aposta. É interessante porque, se o consumidor não tiver satisfeito e fizer o trâmite de depositar o baseline, no mínimo,’ vou receber o dinheiro ali que eu usei para conhecer aquela casa de costas‘, genuinamente eu posso sacar isso através do pix”, falou.
Para as casas de apostas, o cashback permite criar relações mais fortes com os clientes. “A plataforma pode oferecer vantagens exclusivas, como descontos em produtos ou serviços que só podem ser adquiridos com cashback. Isso amplia as possibilidades de engajamento”, disse Ricardo.
Segundo a equipe, o Wooeen está pivotando sua estratégia para integrar sua tecnologia diretamente nas plataformas das casas de apostas. “Hoje, percebemos que o valor do cashback é maior quando oferecido pela própria casa, com sua marca, em vez de direcionar o cliente para um app externo”, explicou Ricardo.
Essa integração também abre caminho para programas personalizados. “Uma casa pode, por exemplo, oferecer um PlayStation com cashback acumulado ou descontos exclusivos para eventos. Isso não apenas melhora a retenção, mas também transforma a experiência do cliente“, conclui Ixan.
