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Como a falha em sistema da BetMGM reacende a necessidade de proteção às operadoras de apostas, jogos e cassino

  • Última modificação do post:28 de abril de 2025
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Para João Lucas Papa, secretário-geral da Associação Brasileira do Jogo Positivo, caso foi ‘icônico’ ao evidenciar riscos da operação

O mais recente relato de falha técnica na indústria de gambling, reportado pela BetMGM entre os dias 23 e 24 de abril, trouxe à tona novos debates sobre a importância da proteção financeira e reputacional das operadoras. Em um mercado que movimenta cifras expressivas — cerca de R$ 30 bilhões por mês, segundo o Banco Central — a busca por alternativas de blindagem contra riscos operacionais e cibernéticos tem se tornado ainda mais urgente.

Inspiradas em mercados mais maduros, como o britânico, as chamadas “Bets” têm se aproximado do setor de seguros para proteger suas operações de falhas técnicas, ataques virtuais e outros riscos. A Associação Brasileira do Jogo Positivo (AJP) iniciou diálogo com seguradoras e corretores para avaliar soluções específicas para o setor. Para o secretário-geral da AJP, João Lucas Papa, o caso BetMGM foi “icônico” ao evidenciar, de forma contundente, os múltiplos riscos da operação.

“A identificação da falha e a divulgação de tutoriais ensinando como explorá-la mostram a necessidade urgente de proteção. Em um cenário como esse, dois tipos de seguros poderiam ter minimizado o impacto: o Seguro de Riscos Operacionais (All Risks) e o Seguro contra Riscos Cibernéticos“, explicou Papa, destacando que ambos fazem parte da carteira de Linhas Financeiras, reconhecida pela vasta gama de soluções corporativas.

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João Papa, da Associação Brasileira do Jogo Positivo, achou caso ‘icônico’ ao expor riscos

Entenda o caso

Uma falha operacional afetou a BetMGM, expondo a plataforma a prejuízos milionários. Durante dois dias, usuários conseguiram realizar saques indevidos devido a uma falha de comunicação entre o sistema interno da casa e seu processador de pagamentos. Na prática, valores depositados a partir de contas bancárias não cadastradas eram estornados automaticamente, mas o saldo permanecia disponível para saque.

A vulnerabilidade rapidamente caiu nas mãos de grupos especializados em fraudes digitais, que disseminaram tutoriais e ferramentas automatizadas para explorar o erro e multiplicar ganhos. Relatos indicam que usuários chegaram a sacar até R$ 17 mil por conta. Após a identificação da falha, a BetMGM iniciou medidas legais e reforçou seus protocolos internos para fortalecer a segurança das operações.

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