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Após nomear Trump como consultor, empresa norte-americana de previsões Kalshi dribla lei e entra no mercado de apostas esportivas

  • Última modificação do post:27 de janeiro de 2025
  • Tempo de leitura:5 minutos de leitura

Movimento acontece poucos dias antes do Super Bowl, que atrai bilhões em apostas

A Kalshi, conhecida por seu mercado de previsões em temas como eleições presidenciais e eventos globais, anunciou sua entrada no mercado de apostas esportivas, marcando uma grande expansão de suas operações. O movimento ocorre apenas duas semanas antes do Super Bowl, evento que atrai bilhões em apostas, e dias após a nomeação de Donald Trump Jr. como consultor da empresa.

Fundada em 2018 por Tarek Mansour e Launa Lopes Lara, a Kalshi já se destacou ao permitir que seus usuários apostem em diversos tipos de eventos, desde resultados políticos até o Oscar e flutuações no mercado de criptomoedas.

Apostas nos 50 estados americanos

Diferentemente de plataformas tradicionais, que só operam em estados onde as apostas esportivas foram legalizadas, a Kalshi utiliza um modelo que permite funcionamento em todos os 50 estados dos EUA. Isso é possível porque a empresa não coleta diretamente os lucros gerados pelas apostas perdidas. Em vez disso, a Kalshi cobra uma taxa sobre as apostas realizadas, além de permitir que os usuários negociem diretamente na plataforma.

“Os Estados Unidos estão entrando em uma nova era. As pessoas se manifestaram: elas querem mais. Hoje, na esteira de nosso crescimento explosivo, a Kalshi dá o próximo grande passo: Esportes. Mercados esportivos legais, acessíveis aos americanos em todos os 50 estados. Estamos apenas começando”, declarou Mansour em um post no X (antigo Twitter) na última quinta-feira (23).

 

Regulamentação e novos contratos

Na última quarta-feira (22), a Kalshi entrou com um pedido formal na Commodity Futures Trading Commission (CFTC), notificando o órgão regulador sobre seus contratos de apostas nos vencedores dos principais campeonatos esportivos americanos. A plataforma agora oferece apostas nos esportes mais populares dos EUA, incluindo futebol americano, basquete e hóquei, além de um contrato exclusivo sobre quem será o próximo técnico do New Orleans Saints.

A abordagem da Kalshi difere de outras empresas que já enfrentaram desafios com reguladores. Antes da posse de Donald Trump como presidente, a bolsa de moedas digitais Crypto.com tentou entrar no mercado de apostas esportivas, mas teve seu pedido barrado pela CFTC.

Donald Trump como conselheiro

A entrada de Donald Trump como consultor da Kalshi também gerou repercussão. Segundo Tarek Mansour, a experiência e a conexão de Trump com o público americano são grandes diferenciais para a empresa.

“Don sempre esteve na vanguarda desses tipos de espaços e novas tecnologias. Ele sempre esteve em sintonia com o que o povo americano sente e deseja”, afirmou Mansour à CNBC no programa Squawk Box.

Questionado sobre a decisão de trabalhar com o filho do ex-presidente e a percepção de politização, Mansour foi categórico. “A Kalshi não é uma empresa política de forma alguma“, destacou.

Super Bowl

A decisão da Kalshi de entrar no mercado esportivo pouco antes do Super Bowl, marcado para o dia 9 de fevereiro, não é coincidência. O evento é um dos maiores do ano para apostas, com bilhões de dólares movimentados globalmente. A entrada estratégica posiciona a Kalshi para atrair apostadores durante os playoffs da NFL e no próprio Super Bowl.

Polêmica

Recentemente, a empresa se envolveu em uma polêmica ao permitir que apostas no desfecho judicial do assassino  do CEO da UnitedHealth Group, Brian Thompson, em 4 de dezembro de 2024. Segundo reportagem da Bloomberga bolsa de Nova York Kalshi permitiu, uma semana depois, que comerciantes de varejo apostassem no desfecho do caso. Contratos listados incluíam previsões sobre a possível extradição do suspeito, Luigi Mangione, e até mesmo sua confissão ou condenação.

Dois dias após o início das negociações, a Kalshi interrompeu as operações, justificando a decisão com base em notificações recebidas de reguladores.

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