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Time de Sergipe pede exclusão das bets; entenda os motivos

  • Última modificação do post:13 de fevereiro de 2025
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Apesar da medida, presidente do América de Propriá não descarta uma parceria com bets 

O América Futebol Clube, de Sergipe, também conhecido como América de Propriá, entrou com uma ação na Justiça Federal solicitando que o clube e os jogadores inscritos no Campeonato Sergipano de 2025 não tenham seus nomes utilizados em casas de apostas. O processo tem como réus a União Federal e o Ministério da Fazenda. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal de jornalismo independente “Manguejornalismo” e confirmada pelo ge.

De acordo com o clube, a ação tem como base “princípios éticos e morais”, além da falta de autorização para que os nomes dos atletas sejam explorados comercialmente.

“As casas de apostas, também chamadas de bets, não atendem os requisitos éticos e morais que o clube preza. Além disso, estão utilizando a imagem/nome do clube e seus atletas inscritos, sem a prévia autorização dos mesmos “, apontou o América de Propriá na petição.

O patrono e ex-presidente do clube, Joaquim Feitosa, afirmou que a decisão busca resguardar o América de possíveis problemas futuros relacionados à manipulação de resultados e garantir que a agremiação não seja explorada sem contrapartida financeira.

“Tivemos um problema desses em 2022 e estamos nos policiando de lá para cá. As bets atualmente são regulamentadas e estão utilizando o nome do clube. Tem alguém apostando, tem alguém ganhando dinheiro e alguém perdendo, entretanto, os clubes não estão ganhando nada. E se o América não está ganhando nada, por que vou expor o nome do clube?! Com essa bagunça que está no Brasil e no mundo, com diversos atletas envolvidos em supostos esquemas, nós entendemos que o melhor caminho é estar fora de casa de apostas”, explicou.

Situação na Justiça

O advogado do clube, João Gabriel Azevedo, informou que o pedido de liminar para a retirada imediata dos nomes foi negado, mas o julgamento do mérito da ação ainda ocorrerá.

O Governo Federal defende que a regulação do mercado de apostas permitirá corrigir “problemas estruturais” e minimizar riscos como o superendividamento e a manipulação de resultados.

Possibilidade de acordo no futuro

Apesar da medida judicial, Joaquim Feitosa não descarta a possibilidade de firmar parcerias com bets caso haja um contrato vantajoso para ambas as partes.

“Do jeito que está o clube entra de “gaiato no navio” e isso não nos interessa. Nós não mandamos colocar o nome do clube lá e só podemos pedir ao poder judiciário para que seja retirado. Eu não sou contra as casas de apostas. Se lá na frente houver um contrato em que seja vantajoso para ambos nós faríamos. Nós nos expomos ao problema”, afirmou.

O América de Propriá ocupa atualmente a quinta colocação do Campeonato Sergipano, com oito pontos, somando duas vitórias, dois empates e duas derrotas.

“Não sabemos de nenhum problema quanto a isso este ano e resolvemos nos antecipar a qualquer problema. Se as casas de apostas se interessarem podemos sentar para firmarmos algum contrato. Não tem nenhuma suspeita no clube atualmente nem estamos acusando ninguém. Agora, é uma medida para ficarmos livres disso. Agora, se isso fosse remunerado seria preciso fazer um contrato com cláusulas para ambas as partes. É até uma forma de proteger o clube“, concluiu Feitosa.

Principais pedidos

  • Retirada do nome do clube e dos atletas das casas de apostas sob pena de multa;
  • Citação da União e do Ministério da Fazenda para audiência de conciliação;
  • Julgamento procedente da ação para exclusão definitiva das informações do clube das bets regulamentadas pelo Ministério da Fazenda;
  • Condenação da União ao pagamento das custas processuais e honorários;
  • Concessão de justiça gratuita para a entidade devido à sua condição econômico-financeira.
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