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‘Patricinhas do Tigrinho’ são alvo de operação da Polícia Civil por suspeita de estelionato em Goiás

  • Última modificação do post:6 de dezembro de 2024
  • Tempo de leitura:3 minutos de leitura

Influencers atraíam participantes para plataformas de jogos fraudulentas, segundo a PC-GO

Três influencers conhecidas como as ‘Patricinhas do Tigrinho’ foram alvos de uma operação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), na manhã desta sexta-feira (6), por suposto envolvimento em um esquema de estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. As suspeitas estão centradas em Ana Carolina de Souza, Aline Tainara Barbosa dos Reis e Tawane Alexandra Silva dos Anjos, que têm sido acusadas de incitar seus seguidores a participarem de jogos fraudulentos.

De acordo com as investigações, as ‘Patricinhas do Tigrinho’ atraíam participantes para plataformas de jogos aparentemente legítimos, mas que, na realidade, eram encenações destinadas a enganar os usuários. Os lucros divulgados pelas influencers eram falsificados, criando uma ilusão de sucesso financeiro para atrair mais pessoas a se cadastrarem e participarem dos jogos.

O trio, segundo a Polícia Civil, enganou centenas de pessoas, obtendo lucros exorbitantes enquanto exibiam uma vida de luxo nas redes sociais, com roupas de grife, carros importados, viagens internacionais e imóveis de alto padrão. Entretanto, a plataforma promovida por elas era completamente diferente daquelas às quais os participantes tinham acesso, resultando apenas em ganhos para as responsáveis pelo esquema.

A investigação, coordenada pelo delegado Rony Loureiro, do Grupo Especial de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Gepatri), revela que as Patricinhas do Tigrinho recebiam comissões a cada novo cadastro feito por seus seguidores, financiando, assim, seu estilo de vida ostentatório. Além do estelionato, o esquema envolvia a lavagem de dinheiro, uma vez que as influencers receberam grandes quantias sem comprovação de fontes legítimas de renda.

Outro ponto relevante das investigações foi a descoberta de que as investigadas estavam registradas como beneficiárias de programas sociais destinados a famílias de baixa renda, como o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, enquanto levavam uma vida de luxo totalmente incompatível com sua renda oficial. Aline Tainara Barbosa dos Reis, por exemplo, recebeu R$ 750 mensais do Novo Bolsa Família até abril deste ano.

Nesta manhã, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em locais vinculados às investigadas, em Cristalina (GO), São José dos Campos (SP) e Luziânia (GO).

Não foi possível localizar a defesa das influencers. O espaço segue aberto para manifestação.

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