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Padre influencer que negou patrocínio de casas de apostas pede para depor e será ouvido na CPI das Bets

  • Última modificação do post:19 de maio de 2025
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Padre Patrick Fernandes, com mais de 6,6 milhões de seguidores, é crítico das apostas online

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, que apura irregularidades e impactos sociais ligados às apostas esportivas digitais, deve ouvir nos próximos dias o padre Patrick Fernandes, influenciador digital com mais de 6,6 milhões de seguidores. O requerimento para sua oitiva foi apresentado pela senadora e relatora da comissão, Soraya Thronicke (Podemos-MS), e ainda aguarda deliberação pelo colegiado.

Fernandes, que atua como pároco na Paróquia São Sebastião, em Parauapebas (PA), publicou um vídeo nas redes sociais solicitando espontaneamente o direito de ser ouvido pelos senadores.

“A CPI deveria ouvir pessoas que a todo momento recebem essas propostas e têm a dignidade de não aceitar. Não se vendem pelo dinheiro”, declarou.

A relatora da CPI afirmou que o depoimento do religioso poderá “contribuir para evidenciar os efeitos sociais e humanos da disseminação das apostas online”, com destaque para a escalada da ludopatia no Brasil.

“Especialmente no que se refere ao avanço da ludopatia no Brasil, que tem se configurado como uma verdadeira pandemia silenciosa, atingindo pessoas de todas as idades e classes sociais”, justificou Thronicke no requerimento protocolado no dia 16 de maio.

No vídeo publicado no TikTok, o padre Fernandes, que também é autor e realiza eventos pelo país, criticou a indústria de jogos online: “Todo momento, vem pessoas aqui falidas, viciadas, tomadas por conta desses joguinhos. Eu sei o estrago que isso está fazendo na vida de tantas pessoas e famílias. Esse negócio de jogar com responsabilidade? Pelo amor de Deus, não existe isso, não”, afirmou.

A CPI das Bets, em funcionamento desde novembro de 2024, já aprovou diversas convocações que ainda não foram executadas, o que pode comprometer a oitiva do padre caso o requerimento não seja analisado com celeridade. O prazo final da comissão foi prorrogado por 45 dias pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas a relatora avalia acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para solicitar uma nova extensão, desta vez de 130 dias.

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