Após meses em busca de um novo patrocinador para o Palmeiras, a presidente Leila Pereira está próxima de um acordo com a Sportingbet. A negociação aconteceu após o clube receber exclusivamente propostas de casas de apostas, incluindo também as interessadas Betnacional, Pixbet e Esportes da Sorte. Com uma oferta que pode render até R$ 150 milhões por ano, a empresa deve ser a escolhida para estampar a camisa do clube alviverde após oferecer um valor base de R$ 100 milhões, além de bônus por metas atingidas ao longo das competições.
Segundo Leila, que esperava propostas de outras áreas além das apostas, destacou as dificuldades de competir com o poder financeiro do setor.
“Costumo dizer que essa parceria foi extremamente vitoriosa. Agora vem as bets, com valores muito relevantes aos clubes. Todo mundo sabe que um futebol vencedor você só faz com investimento”, disse a presidente, em recente entrevista ao Estadão. Ela chegou a afirmar que é ‘impossível competir com as bets’.
A mandatária também comentou ainda que a saída de suas empresas, Crefisa e FAM, após uma década de patrocínio ao Palmeiras, se deve à entrada forte das casas de apostas, que tem oferecido valores muito acima dos praticados no mercado. A camisa do Verdão, que chegou a ser a mais valiosa do país, passou a perder valor frente a outros times que passaram a ser patrocinados por bets.
Apesar de receber outras propostas, Leila não via com bons olhos a ideia do clube ser patrocinado por uma empresa nacional. Além disso, a presidente avaliou que a empresa está entre a lista de autorizadas pelo Governo Federal a operar no país, o que permitiria o cumprimento integral do contrato sem nenhuma intercorrência.
Segurança
O tema chegou a ser alvo de um debate interno com alguma resistência dentro do clube. No entanto, Leila se sentiu segura após pessoas próximas investigarem o histórico da Sportingbet. A empresa, que é londrina, foi criada em 1997 e, segundo os relatos, possui credibilidade e confiança no mercado. O contrato, que deve durar entre três e quatro anos, não será exclusivo, permitindo ao Palmeiras comercializar outras áreas do uniforme com diferentes anunciantes, e a operadora manterá a visibilidade em competições de peso, como a Copa Libertadores, em que já patrocina.
A expectativa do clube é alcançar R$ 150 milhões anuais em patrocínios somando todos os espaços do uniforme. O contrato com a Crefisa e FAM, que atualmente rende ao clube R$ 81 milhões fixos por temporada, pode chegar a R$ 120 milhões com bônus, mas já não acompanha o aumento dos valores oferecidos pelas casas de apostas. Assim, o Palmeiras busca dobrar o valor de patrocínio recebido, visando uma maior estabilidade financeira para manter a competitividade no cenário nacional e internacional.