Segundo o levantamento, 41% dos evangélicos afirmam já ter feito apostas digitais
Uma pesquisa realizada pelo PoderData entre 27 e 29 de setembro de 2025 aponta que os evangélicos têm maior presença nas apostas on-line do que os católicos. Segundo o levantamento, 41% dos evangélicos afirmam já ter feito apostas digitais, enquanto entre os católicos o índice é de 34%.
O resultado chama atenção porque contraria a expectativa comum: todas as denominações evangélicas têm posição crítica em relação aos jogos de azar, enquanto na Igreja Católica a restrição costuma ser mais branda. Ainda assim, a pesquisa mostra crescimento da prática nos dois grupos em relação ao ano passado, quando 29% dos evangélicos e 22% dos católicos afirmavam ter jogado em plataformas digitais.
Endividamento
Além do recorte religioso, a pesquisa revela que o número de apostadores endividados quase dobrou em 11 meses. Em outubro de 2024, 16% dos jogadores relataram dívidas ligadas a apostas online. Em setembro de 2025, esse percentual subiu para 35%.
O dado considera apenas o grupo de entrevistados que declararam já ter feito apostas digitais, que corresponde a 36% do eleitorado. Entre eles, 51% afirmaram não ter dívidas e 14% preferiram não responder.
‘Lulistas’
O levantamento também cruzou as respostas com a declaração de voto no 2º turno das eleições presidenciais de 2022. O resultado mostra que os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apostam mais que os de Jair Bolsonaro (PL). Entre os chamados “lulistas”, 42% afirmaram já ter feito apostas, contra 30% entre os bolsonaristas.
Metodologia
A pesquisa PoderData ouviu 2.500 pessoas com 16 anos ou mais em 178 municípios das 27 unidades da Federação. O método incluiu ponderação paramétrica para corrigir desproporcionalidades de sexo, idade, grau de instrução, região e renda. As entrevistas foram realizadas por telefone, em linhas fixas e celulares, utilizando sistema de URA (Unidade de Resposta Audível), no qual o entrevistado ouve perguntas gravadas e responde pelo teclado do aparelho.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Os resultados foram arredondados, o que pode causar diferenças de soma entre percentuais. O levantamento foi realizado com recursos próprios do PoderData, empresa de pesquisas do grupo Poder360 Jornalismo.
