Para Thomas Carvalhaes, se a empresa não consegue reter o cliente, o negócio é uma ‘porta giratória’
Durante o segundo dia de EGR Power Summit Rio, o painel “Compreendendo a Conversão de Clientes no Brasil: um foco na gamificação, personalização e inovações técnicas no egaming” reuniu grandes nomes da indústria para discutir como as novas estratégias e inovações estão moldando o futuro das apostas no país. Moderado por Thomas Carvalhaes, country manager da Stake, o debate o debate contou com a participação de Adi Dagan, diretor sênior de parcerias da Optimove; Lívia Troise, CEO da Betmais; João Alves, diretor de marketing da NossaBet; Arthur Rivero, CGO da SeguroBet; e Muriel Le Senechal, consultora de soluções da Fast Track.
A discussão abordou as tendências emergentes no setor, com ênfase na retenção de clientes, uma área muitas vezes negligenciada pelas operadoras, que tendem a focar apenas na aquisição e performance. Para Thomas, “muitas vezes os operadores se concentram apenas na aquisição e nas impressões, mas esquecem que, se você não consegue reter seu cliente, seu negócio é apenas uma porta giratória, o que não é interessante para nenhum de nós”, afirmou.
Lívia Troise, CEO da Betmais, iniciou a discussão sobre a gamificação, destacando a importância de criar experiências personalizadas para os jogadores, especialmente em um momento em que o mercado de apostas enfrenta desafios devido a uma cobertura negativa.
“A gamificação pode ser uma ideia para personalizar ainda mais as experiências dos jogadores, pois isso pode ser uma das únicas maneiras de fazê-los se sentir mais seguros com tudo o que está acontecendo“, disse.
Personalização e Inovação: O Futuro das Apostas
Já Muriel Le Senechal, consultora de soluções da Fast Track, trouxe à tona o papel central da personalização no futuro das apostas. Para Muriel, a inovação será o fator-chave para o sucesso das operadoras nos próximos anos. “A personalização é exatamente o que fazemos com o principal produto da FastTrack. Acredito que esse será o diferencial, pois agora a competição se tornará um jogo entre os gigantes: quem será mais preparado para a personalização e inovação?”
Ela explicou ainda que o uso de IA (inteligência artificial) será crucial para otimizar a experiência do usuário, desde a escolha do melhor momento para enviar uma oferta até a definição do canal mais eficaz para alcançar o cliente.
“Tropicalização”
A conversa também abordou o conceito de localização e tropicalização no Brasil, que, segundo os especialistas, já está ultrapassado. Muriel foi enfática ao afirmar que as operadoras precisam adotar uma abordagem mais sofisticada. “Acredito que os termos ‘localização’ e ‘tropicalização’ já estão obsoletos. Agora, o que realmente importa é a personalização com base no comportamento e nas preferências de cada jogador. O Brasil é um país de proporções continentais, e cada região reage de maneira diferente, por isso é fundamental adaptar a comunicação conforme o perfil do público”, disse.
Outro ponto relevante discutido no painel foi como a gamificação pode ser usada para oferecer uma experiência de usuário mais envolvente e atraente. João Alves, diretor de marketing da NossaBet, ressaltou a importância da personalização desde o processo de aquisição até a retenção do cliente. Ele destacou que, ao entender o comportamento dos jogadores e suas preferências, as operadoras podem criar estratégias mais eficazes para manter os clientes engajados, oferecendo experiências únicas.
Adi Dagan, diretor sênior de parcerias da Optimove, destacou o impacto da inteligência artificial no aprimoramento das estratégias comerciais. Ele comentou sobre a importância de entender melhor o comportamento dos clientes. “A IA pode nos ajudar a prever o comportamento dos clientes, usando dados históricos para otimizar nossas estratégias e oferecer a melhor experiência possível para cada jogador”, concluiu.