Influenciadora e Solange Bezerra tentam anular investigações por lavagem de dinheiro e organização criminosa
Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, sofreram mais um revés judicial relacionado à Operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil. Investigadas por lavagem de dinheiro e organização criminosa ligada à exploração de jogos de azar, as duas tentam há meses anular o processo, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o pedido de habeas corpus feito pela defesa.
A tentativa de encerrar a investigação foi frustrada pelo ministro Otávio de Almeida Toledo, que indeferiu o recurso protocolado por Deolane e Solange. Segundo a decisão obtida pela coluna Fábia Oliveira, o magistrado entendeu que “a eventual inexistência de ilegalidades só pode ser avaliada após manifestação ministerial”. Dessa forma, o processo segue em curso, mantendo as duas como investigadas.
A defesa das duas alegava que a investigação da Operação Integration seria nula, e pedia o trancamento do inquérito policial. No entanto, o STJ considerou o argumento como prematuro, já que o Ministério Público ainda não emitiu parecer final.
Tribunal de São Paulo
Além dessa derrota no STJ, Deolane Bezerra e Solange Bezerra também enfrentam obstáculos no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Em meio ao andamento do caso, a defesa apresentou uma nova petição no último dia 11 de julho, desta vez encaminhada à 12ª Vara Criminal de Recife, solicitando a liberação de bens apreendidos pela Justiça no decorrer da investigação.
O documento, ao qual a coluna também teve acesso, argumenta que os bens deveriam ser devolvidos diante do que chamam de “excesso de prazo” no andamento do inquérito. “O presente inquérito policial se arrasta há quase um ano, sem qualquer previsão de desfecho, tendo em vista que diligências substanciais ainda pendem de realização (…) para sua devida conclusão, o que configura evidente excesso de prazo”, pontua a petição assinada pela defesa de Deolane Bezerra.
As duas foram presas em 2024 durante a execução da operação, e desde então seguem tentando reverter os efeitos do processo. A Operação Integration investigou movimentações financeiras suspeitas, incluindo valores que somam R$ 7,9 milhões, o que levou ao bloqueio e encerramento de contas atribuídas ao chamado “clã Bezerra”.
Paralelamente, Deolane Bezerra também foi indiciada pela CPI das Bets, mas acabou não sendo incluída na lista de responsabilizados após o relatório final ter sido rejeitado pelo colegiado. Mais recentemente, Deolane também apresentou recurso após sofrer uma nova derrota em processo criminal, e comentou publicamente sobre sua citação na comissão com a frase: “Não tenho dom pra vítima”.
