Para Carlos Gama, Vice-Presidente de Games e Esports, iniciativa tem intenção de promover um debate amplo sobre integridade no setor
A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Rio de Janeiro (Assespro-RJ) lançou uma cartilha educativa para combater a manipulação de resultados em Esports, uma iniciativa que busca fortalecer a integridade nas competições de jogos eletrônicos.
O documento conta com a colaboração de consultores como Dra, Maureen Flores, PhD; Dr. Amilton Noble, Fundador da Hebara Produtos Lotéricos; Dra. Carla Vicente; Dr. Luciana Nunes; Luiz Costa; Dr. Paulo Schmitt e Renato D’ Avila. Além disso, foi desenvolvido em parceria com instituições como a Associação Brasileira de Fantasy Sports (ABFS) e a Federação do Estado do Rio de Janeiro de Esportes Eletrônicos (FERJEE) e o Instituto Peck Cidadania Digital.
Objetivo
Segundo o organizador Carlos Gama, Vice-Presidente de Games e Esports na ASSESPRO-RJ, o material foi criado com o objetivo de conscientizar organizadores, jogadores e parceiros sobre os riscos e impactos da manipulação.
“A Cartilha do Esport Responsável é um passo importante nesse sentido, reunindo as melhores práticas e recomendações para promover um ambiente seguro e justo para todos os envolvidos. Estamos comprometidos em continuar esse diálogo e em colaborar ativamente para proteger a integridade dos Esportes Eletrônicos no Brasil”, disse.
“Assim como em qualquer esporte, individual ou coletivo, a manipulação de resultados nos Esportes Eletrônicos é um fenômeno preocupante que tem se tornado cada vez mais comum no cenário competitivo dos games“, diz o texto de introdução.
O documento destaca a importância da vigilância por parte das ligas profissionais, federações e toda comunidade dos Esports no combate à prática. “Medidas preventivas – como regulamentações claras, monitoramento constante das apostas e punições rigorosas para os infratores – são essenciais para garantir a integridade do cenário competitivo dos games”, ressaltou.
Entre as normas, está um manual de boas práticas para todo o ecossistema do setor. Englobam-se nos interessados as Ligas Profissionais, as Confederações e Federações Esportivas, as Autoridades Públicas, as Organizações e Equipes, os Atletas, os Publishers dos Games e as Casas de Apostas.
Para Carlos Gama, a iniciativa tem intenção de promover um debate sobre integridade no setor.
“Nosso maior objetivo com esse material é iniciar um debate amplo e importante sobre o combate à manipulação de resultados nos Esportes Eletrônicos no Brasil com os atletas, organizações, setor público, associações, casas de apostas e toda cadeia produtiva”, explicou.
Pilares e recomendações
O texto inclui ainda 15 dicas de prevenção à manipulação de resultados. Entre os tópicos abordados, destacam-se:
- Identificação de riscos: Estar sempre atento aos sinais de manipulação como promessas de benefícios em troca de favores, informações privilegiadas ou aumento do prestígio;
- Dinheiro: Tomar cuidado com indivíduos que se aproximam de maneira suspeita, oferecendo dinheiro;
- Diálogo: Atletas devem sempre conversar com técnicos, dirigentes e colegas de equipe sobre situações de manipulação;
- Denúncia: Reportar imediatamente qualquer abordagem suspeita;
- Riscos: Estar sempre ciente das consequências legais e esportivas de envolvimento em manipulação de resultados;
- Campanhas: Participar ativamente de campanhas de conscientização;
- Atualização: Manter-se sempre atualizados sobre normas e regulamentos de integridade no esporte.
Para acessar a cartilha basta acessar o link.