SIGAP registrou 54 pedidos somente nas últimas 24 horas; Brasil pode ter até 339 plataformas
Após o fim do prazo para solicitação de licenças nesta terça-feira (20), o Sistema de Gestão de Apostas Esportivas (SIGAP) do Governo Federal registrou um total de 113 empresas cadastradas para operar no país. Como casa empresa pode cadastrar até 3 plataformas, o Brasil pode contar com até 339 bets em atuação. Esse número demonstrou a força do mercado e foi motivo de otimismo no setor.
O órgão, vinculado ao Ministério da Fazenda, contabilizou 54 novos pedidos apenas no último dia. Este número superou as expectativas iniciais da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, que projetava cerca de 60 pedidos. Para efetivar a solicitação cada empresa deve desembolsar uma outorga de R$ 30 milhões para a União. Se todas as empresas forem homologadas, o país pode arrecadar até R$ 3,3 bilhões.
A regulamentação das apostas esportivas no Brasil, prevista para começar em 1º de janeiro de 2025, promete movimentar o mercado com até 339 marcas diferentes, já que cada licença pode permitir a operação de até três marcas. Entre as empresas cadastradas, destacam-se grandes nomes como Betano, Sportingbet e Bet365. Ainda houve espaço para diversidade de operadoras, incluindo algumas novas no cenário brasileiro, e outras que entraram com mais de uma solicitação, como a Reals Brasil Ltda e a Gamewiz Brasil, que poderão operar até seis marcas diferentes cada uma.
O sucesso na adesão ao programa regulatório reflete o crescente interesse global no mercado brasileiro de apostas esportivas. O governo prevê arrecadar R$ 12 bilhões por ano. Segundo estimativas da Fazenda, o setor de apostas esportivas movimentou R$ 120 bilhões em 2023, um aumento de 71% em comparação com 2020.
Segundo a Subsecretária de Autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Daniela Olímpio, “o número expressivo indica os bons resultados de um trabalho normativo e regulatório”. Ela ainda destacou que a agenda “segue intensa, com muitas frentes de ação”.
O Coordenador Geral de Fiscalização e Promoção Comercial do Ministério da Fazenda, Carlos Magno, destacou o tamanho do resultado. “Além da criação de toda a regulação do setor e receber essas solicitações, os números demonstram que estamos atuando numa potente agenda econômica”, afirmou.
Entretanto, as empresas que não concluíram o processo dentro do prazo estipulado ainda podem solicitar suas licenças, mas sem a garantia de início de operações no começo de 2025. A partir dessa data, as casas de apostas não regulamentadas estarão sujeitas a sanções previstas na nova legislação.
Confira a lista completa de empresas que solicitaram licença aqui!